Uma Casa Séria

19.1.05

Pedro e Sonia II

E foi então que aquele frio na barriga surgiu. Mais uma vez. Não que fosse um friozinho "normal", aquele que sempre precede momentos íntimos. E não que ela tivesse tido muitos momentos íntimos. Mas um friozinho especial, de redescoberta, de medo de tantas surpresas e de não saber o que esperar.De não saber se ela causaria tantas surpresas quanto ele já havia lhecausado. De não saber se os cheiros, gostos, toques daquela época ainda surtiriam efeito tantos anos depois. De não saber se vai tomar banho junto depois ou se espera ele voltar do banho pra poder ir...

E aí ela saiu do transe sentindo a mão suave de Pedro no seu ombro, e uma voz calma, firme, que ela sabia que era a dele, mas era diferente da voz que ele tinha, chamando seu nome. Saem do carro, ele pega a mão dela, e seguem para o elevador. Entram. Ele lhe dá um abraço que causa sensações que há muito tempo ela não sentia, aquele de corpo inteiro, bem pertinho, de tirar o fôlego. Um abraço justo, não apertado. Encaixado, quentinho. A mão de Pedro toca sua nuca, mexendo nos cabelos, e isso a deixa arrepiada. Ele nunca foi assim. Era gostoso, ok, mas não era firme, não era HOMEM. Era homem, ponto.

Aquele carinho nos cabelos, e seu beijo envolvente a fizeram pensar mais uma vez no que estava por vir.Como pode 7 andares demorarem tanto para chegar? São tantas sensações, tantos pensamentos, medos, arrepios, beijos em tão pouco tempo!

Enquanto tinha seu pescoço beijado, Sonia sentia seu perfume delicioso, imaginando se todo o seu corpo continuava cheiroso, macio, aconchegante. O elevador pára. Sétimo andar. A porta abre, e os dois saem, de mão dadas. Pedro pega a chave, abre a porta do apartamento. Aquela noite seria memorável.

Contribuição (adaptada) da Ogrinha... Mas ainda busco um final.

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