Uma Casa Séria
12.12.12
6.12.12
Fotografias, momentos e contextos.
Me peguei pensando um pouco sobre esses conceitos ao usar
parte do meu tempo subutilizado aqui no trampo novo pra divagar.
Olhando a fotografia de minha ocupação no momento, estou subutilizado.
A foto mostra um profissional instalado
num escritório administrativo super movimentado, escrevendo um texto aleatório para
um blog que não fez sentido existir. Mostra que ele foi contratado para
conduzir um projeto importantíssimo que turbinará as operações da empresa nos próximos
anos. E ainda assim, ele está no word fazendo picas.
Mas existe um contexto onde isso tudo se encaixa. Tenho
muito pouco o que fazer e este pouco dependo da ajuda de outros que, o tempo
todo, estão ocupados bagarai com os seus afazeres. O contexto mostra que apesar
de nada estar acontecendo na minha mesa, tem atividades disparadas por mim
acontecendo em outras áreas, tem atividades que estão acontecendo que terão impacto
nas minhas próximas atividades. Aqui em Bauru, num escritório de help desk em
algum lugar do Brasil (acho) e nas instalações de um fabricante de equipamentos
industriais na Alemanha. Ainda assim, tem áreas descobertas.
E isso é consequência do Momento. Momento é uma figura de
linguagem para uma iniciativa, um movimento inercial, um barco numa correnteza.
Momento, do ponto de vista empresarial, é o que esta acontecendo com a empresa
agora. E esta empresa esta num momento de grandes mudanças. De mudanças profundas,
de chacoalhar o bambuzal. Isso tira um monte de gente da famosa zona de
conforto e poe na zona de medo. E é lá que estão as grandes oportunidades. Oportunidades
de crescimento profissional pra uns, oportunidade de redesenhos pessoais
praqueles que forem retirados da empresa.
Ou trocando essa lenga lenga em miúdos
Estou numa situação engraçada, tem um monte de gente atolado
de serviço e com o cu na mão de ser demitido e eu acabei de chegar, to com
menos da metade do meu dia ocupado e cagando e andando pra quem vai e quem
fica. Mesmo porque conheço só a amiga que me indicou pra cá e ela está fora da
alca de mira dos atiradores.
Irônico, né?
5.12.12
Novidades velhas
Não tive muitas raízes na vida desde que me formei, já a 8
anos.
A única constante é a Alê e, agora, o Gu e os gatos.
Já moramos:
- 23 meses em Monte Claros
- 6 meses em São Bernardo do Campo
- 25 meses em Volta Redonda
- E estamos morando, já a 25 meses em Guarulhos
E estamos de mudança de novo. Agora para Bauru. E agora num
passo maior (bem maior) que é a compra, finalmente, de uma casa. A compra de
uma casa implica mais do que o compromisso mensal com a prestação do
financiamento. A compra de uma casa implica mais do que o investimento
emocional numa empreitada nova e diferente. A compra e uma casa significa criar
raízes.
Sair do xaxim e ir pro jardim. E, da forma como vejo, a oportunidade
de buscar o verdadeiro potencial de crescimento, agora sem as limitações das
incertezas de ficar ou não ficar onde se mora.
Apesar de, com a vida de nômade, poder sair daqui pra
qualquer outro lugar com um mês de aviso prévio, as constantes mudanças levaram
à deterioração acelerada de vários moveis, de ótima qualidade e de qualidade
mediana: estante e guarda roupas em especial.
É uma mudança enorme e se apresenta como uma montanha
imponente na nossa frente a migração de um guarda roupas das Casas Bahia que já
foi montado e desmontado algumas vezes para um guarda roupas planejado e
instalado de forma a ocupar exatamente o espaço disponível em um cômodo, seja
uma quarto, sala ou cozinha.
E essa enormidade vem acompanhada de outras adequações,
diametralmente opostas: Por um lado teremos muito, mas muito mais espaço para nós,
o Gu e os bichos. Quintal, piscina, garagem (Garagem!), jardim, muro, portão...
tudo mais, mais mais. Do outro lado, uma readequação do fluxo de caixa da família,
que andava meio desregulado e consumindo reservas, agora não temos mais nem
reservas para consumir, já que estamos empenhando quase tudo na casa, mas já estamos
sabendo que teremos que reajustar pensando em menos, menos menos...
E ainda temos outras mudanças radicais: da segunda maior
cidade do estado, colada em São Paulo, onde tudo é mais: mais rápido no ritmo
de vida, mais lotado, mais perigoso, mais lento no transito, maior, mais instável
no clima mais, mais , mais... Pra maior cidade pequena do estado, onde tudo que
são Paulo é mais, aqui é menos, mas ainda sim, traz uma perspectiva de mais:
mais calma, mais tempo, mais qualidade, mais calor, mas sempre calor.
Acho que, depois de muito vagar, achamos nosso jardim e
vejamos, agora, onde essas raízes vao chegar, já que terão tempo para se
firmar.
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