Uma Casa Séria

4.10.10

Fenômeno Tiririca

Um exemplo da escrotidão da legislação eleitoral brasileira foi dado pelo Eneas em 2006 (?) e agora é levado a um novo patamar com o Tiririca.

Eu até entendo o fato gerador dessa particularidade da lei, mas, como sempre, tem algum filhadaputa pra distorcer a letra da lei em benefício próprio.

Daí acontece de um partidinho mequetrefe lançar Mao de um artifício de pegar um bobo da corte e alistá-lo às suas fileiras. Daí bobo da corte fala asneiras, rouba os holofotes de quem tem a mínima intenção de falar algo realmente pertinente ou interessante, recebe um numero obsceno de votos e arrasta mais 3 ou 4 desconhecidos para Brasília, onde poderão se dedicar livremente às falcatruas sem que seus nomes sejam sequer conhecidos por quem indiretamente os enviou para lá.

E é de se notar a parcela de culpa da própria informatização do processo eleitoral.

No passado distante, antes do advento da internerds quando as pessoas tinham que empunhar bastões de grafite revestido de madeira ou de plástico recheados de tinta para transmitir informação em papel, era necessário fazer um “xizinho” numa cédula para votar. Para protestar quanto ao nível dos candidatos, aquém do que se esperava para representar boa parcela do eleitorado, em vez do x, escrevia-se o nome de alguém ( o que anulava o voto, mas de uma forma divertida até)

Assim tivemos membros dos zoológicos de São Paulo e Rio de Janeiro com números bastante expressivos deste descontentamento.

Agora, ou anula-se o voto, ou vota-se em um candidato existente, já que não dá pra anular de forma mais irônica e sarcástica. Uma pena. (ta tem o branco que não acrescenta nada a idéia principal do texto).

Daí temos Clodovil, Tiriricas, mulheres fruta e mulheres de lingerie disputando este eleitorado descontente.

Vivemos uma era tão insossa que nem a desobediência civil tem mais apelo romântico.

Enquanto o post do "Fenomeno Tiririca" nao sai, leia isso

http://www.morroida.com.br/tenho-medo-da-dilma/