Uma Casa Séria

17.2.04

Eu queria ser capaz de escrever as coisas que passam pela minha mente na velocidade em que as penso.

Seria, no mínimo, bizarro. Eu tenho uma séria condição patológica de não conseguir manter uma linha de raciocinio por muito tempo. Eu vou digitando, mantendo uma exposição de ideias ou contando um caso ou inventando uma história, e quando me dou por conta, estou pensando em algo totalmente diferente do que pensava no inicio da tarefa.

Daí meus textos ficam com um final tosco, parecendo que foi feito meio que as pressas pra concluir algo que parecia ser bom, mas que se perdeu, igual a um sonho ao acordar. Voce tem a certeza de que ele está ali, mas já não consegue mais situá-lo ou defini-lo.

Interlúdio
Acabei de lembrar de uma piada:
Dois velhos amigos se encontram em uma recepção (ou coquetel, depende do dia em que estou contando a piada):
Velho Amigo1: Como vai?
Velho Amigo2: Vou bem, mas saabe como é, a idade já está chegando...
VA1: Mas está bem de saúde?
VA2: Sim, só ando tendo alguns problemas de memória, esqueço de coidsas importantes todo o tempo
VA1: Eu tinha este problema também, mas meu médico me receitou um remédio ótimo. Já estou curado!
VA2: Que maravilha, qual o nome do remédio?
VA1: ...
VA2: ...
(VA1 vira-se para trás, como se fosse perguntar algo a alguem, mas volta)
VA1: Como se chama aquela flor vermelha, que vem em botôes e tem espinhos?
VA2: Rosa?
VA1: Sim! Rosa!
Vira-se novamente
VA1: Rosa, minha querida, como se chama mesmo meu remédio para memória?
Não tem nada a ver, mas acho muito engraçada. Lamentável, eu sei.
Fim do Interlúdio

Mas o que tem a ver é que eu li um blog que não lembro o nome e nem vem ao caso e vi que o autor da bodega tem um pensamento mais divagante do que o meu. Pra contar uma história ele viajou tanto que passou pela diferença entre Segundo grau e ensino médio, retroprojetor, cor de cocô de filhote de cachorro, Fumar Carlton escondido no banheiro (eu começei direto no Marlboro), Academia Militar de Agulhas Negras (olha o google aí, gente) e coisas afora.

Tenho certeza de que Se eu viajasse tanto assim, não ia retomar o assunto principal nunca mais. Mas ele volta. Retoma o assunto e viaja de novo. Daí ele viaja em cima da viagem. E volta. Depois disso comecei a reparar que tem caras que fazem isso bem, outros que pegam um tema e viajam NO tema por parágrafos e mais parágrafos, sem tirar de dentro. E os posts ficam bons também.

E au ainda tô aqui, apanhando pra expor ideias básicas.

Ô Inveja!!!

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