Sobre sol, chuva e vacas

Eu lembrei enquanto meditava no reservado de uma coisa que me fez viajar um pouco (tá viajar bastante).

No final do ano passado, minha mãe, do alto de toda sua sabedoria me questionou a respeito do meu lance com a namô. Ela percebeu, talvez até antes de eu perceber, que nosso namoro já não era tão legal quanto já havia sido, mas não falou nada, deixou eu demonstrar que algo não andava bem pra perguntar o que eu estava fazendo mantendo meu namoro com ela. Lembro de minhas exatas palavras na resposta:
- Estou esperando uma tempestade.

No final do ano, começou a chover: Terminei o namoro, perdi meu carro (ele não foi esquecido em algum lugar, foi roubado, dizer que perdi foi um Eufemismo), retomei contato com a Ê e daí o furacão veio. É como melhor posso descrever o que tivemos: Um Furacão Tropical. Gigante, Intenso, Destruidor. Arrasou tudo em seu caminho e, tão repentinamente quanto começou, se desfez.
Deixou um rastro de vidros e corações partidos, alguns feridos, algum dano material e então o dia ficou mais claro e ensolarado do que antes de seu começo.
Agora é hora de reconstruir, procurar salvar o que sobrou de inteiro no meio do caos
e torcer pra não cair nenhuma vaca na minha cabeça.