Uma Casa Séria

22.1.04

Sexo Pago

Freqüentemente fico sabendo de alguma balada que eu vou e os caras que estão lá comigo resolvem dar uma esticadinha.

Antes que alguém venha com piadinhas engraçadinhas sobre o que é essa esticadinha eu já explico:

Descobrem que a balada não vai dar em nada, ou seja, não vão pegar mulher nenhuma e não querem voltar pra casa sem ter rolado alguma coisa. Daí reúnem uma quantidade razoável de interessados e vão para os chamados inferninhos, ou Relax for men, american bar, puteiro ou como quer que chamem.

Lá, gastam uma grana razoável para ter sexo com uma profissional e voltam pra casa felizes e satisfeitos.

Sei que esse procedimento independe de posição social, estado civil ou idade. Todos os carinhas saem na noite a fim de sexo.

Quando não acham uma mulher disposta a satisfazer essa vontade naquela noite, ou uma que possa satisfazer tal vontade em curto/médio espaço de tempo, acabam desembolsando o ganha pão de alguma prosti por aí.

Particularmente eu não curto isso, nunca curti ou achei legal pagar para ter sexo. São incontáveis os argumentos a favor desta prática, de tanto ouvi-los acabei até concordando com alguns:

- Um lance casual com uma mulher na balada pode custar até mais caro do que uma puta (balada pra dançar, jantar, motel)
- Ela vai fazer tudo que você quiser que seja feito (embora nem sempre)
- Ela não vai ficar esperando você ligar no dia seguinte
- Você pode escolher com qual fará sexo

Pra mim, existe somente um argumento contrário a estes todos que pesa muito mais. Uma mulher conquistada vai estar a fim de fazer sexo com VOCÊ. Não com quem quer que abra a carteira.

Dentre todos os possíveis carinhas que haviam na balada, VOCÊ vai passar as próximas horas com ela.

Por isso, nunca – repito – NUNCA paguei por sexo na minha vida. Já entrei em inferninhos e já vi o que as funcionárias do local fazem para convencer do contrário, mas jamais cai na conversinha delas.

Não vou generalizar porque sei de casos que explicam, justificam e até embasam a decisão de passar a gastar tanto dinheiro assim com as damas da noite, mas acho que isso não é pra mim.

Tanto isso é verdade que eu costumava ser o porto seguro das carteiras dos amigos que iam comigo e não queriam gastar antes de entrar.

Rolava um lance assim, todos queriam ir, alguns iam pra zoar lá dentro – acreditem: è muito legal, outros iam pra pagar e rolar mesmo e outros iam com a intenção de zoar, mas acabavam cedendo aos encantos das primas e terminavam por gastar o que não podiam/queriam. Estes deixavam a carteira comigo antes de entrar e eu só devolvia novamente do lado de fora, assim ninguém fazia nada pra se arrepender depois.

O engraçado era ver cada um com uma piranha pendurada no pescoço me pedindo a carteira dentro do antro do capeta...

Enfim. Trata-se da profissão mais antiga do mundo. Em todas as sociedades e culturas existe a venda de sexo, mas acho errado pagar pra uma mulher te dar prazer.

Sendo bastante chulo: Com tanta mulher querendo dar por que pagar pra comer?

Esse post foi inspirado no convite que fizeram na balada de fim de ano aqui do trampo...que até hoje rende boas risadas...

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