Uma Casa Séria

23.7.08

Salvando o Mundo

Todo mundo quer salvar alguma coisa. Fruto do panico com o aquecimento global, cada vez mais pessoas estão empenhadas em salvar o planeta, o que, de acordo com George Carlin, é uma tremenda besteira.

Maa, diminuindo a escala para um nível mais doméstico (bem mais doméstico) Essa semana presenciei as primeiras fases de uma saga épica de salvamento que só terminou ontem a noite, com a chegada do cavaleiro de armadura branca e sua caixa de transporte chique, mas estou me adiantando.

Tudo começou semanas atras em um Mc Donalds. Estávamos almoçando quando percebi que alguns rapazes da mesa próxima à nossa estavam se entretendo com um filhote de gato. Fiquei atento para me certificar que o bicho não estava sendo molestado e sosseguei quando percebi que era uma brincadeira sadia.

No fundo dos olhos da Alê já estava a centelha do que estava por vir.



A centelha não virou chama imediatamente, ficou dormente, tipo um vulcão adormecido, até sábado.

Estávamos passando em frente a um condomínio de prédios próximo a onde moramos quando eu percebi que o porteiro estava espantando um filhote de gato de dentro dos limites do condominio. Apesar de sua propensão imediata, consegui conte-la do impeto de ir ver o gato.

Mais tarde no mesmo dia, o gato estava na entrada do prédio onde moramos, e daí nao deu pra segurar. Mesmo de saída ela voltou e buscou racao para o filhote, que comeu vorazmente.

A partir daí passei a companhar a históra remotamente, atraves de seus relatos por MSN e telefonemas.

O gato, logicamente, instalou-se no gramado do prédio, onde recebeu um pano para dormir aquecido, uma tigela de água e porcões generosas de raçao para gatos.

O vulcão despertou.



E se nao fossem minhas restrições quanto a adoção de um novo animal, o filhote estaria ocupando o meu travesseiro nesse exato momento.

Mas instalou-se um dilema: Ela nao podia acolher o gato, nao podia abandonar o gato, nao sabia o que fazer com o gato. Por isso o gato estava instalado na grama da entrada do prédio.

Aí, numa das inspeções às condições do gato, Ela percebeu que o pano/cama do gato nao estava mais lá, segundo o porteiro, uma velha tinha pegado pra usar em casa.

Tensão, confrontamento e o pano estava de volta ao gramado.

Aí o síndico disse que nao podia ficar gato ali, que ia dar um jeito no gato. Aos prantos, ela recolheu os apetrechos do gato e se enclausurou no apartamento. Saiu e nada do gato.

Remorso: Eu devia ter adotado o gato, e se o gato morrer, e se o síndico matou o gato...

Mais tarde, ressurge o gato. Nova dúvida. Enquanto preparava o banheiro do apartamento para receber o gato lembrou-se que que sua cunhada cria gatos, ligou para a cunhada e ela informou que, se fosse uma fêmea, a adotaria. E agora? nao vi o sexo do gato? 50/50 são as chances.

Mais tarde, Eis que surge a Cris, com a caixinha de transporte.



E um nome para a nova parte da família: Rita Lee.

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