Uma Casa Séria

25.1.06

A Linha

Eu queria falar sobre o Fulano, que é um amigo meu que você não conhece não.

Ele era meu Roommate antes da Alê vir pra cá. Agora ele mora com outro cara, num apê do mesmo condomínio.

Ele me deixa abismado com a forma com que encara a vida. Seus valores são parecidos com os meus, mas distorcidos que nem que num espelho daqueles de parque de diversões.

Me parece que a linha do certo e errado dele é um pouco mais pra lá do que a minha. Daí me pego julgando as coisas que ele faz baseado no lugar que eu ponho minha linha. E daí ele quase sempre me parece errado. Na verdade ele está errado mesmo, sem essa de linha, mas ele acha que está certo e age dessa forma.

Não vou entrar no detalhe do que ele faz de certo ou errado, mas o fato de eu perceber essas diferenças me faz pensar se eu também não pareço errado aos olhos de outras pessoas. Não que isso me preocupe, mas a reflexão é sobre os limites que nos impomos. O que é certo? O que é errado?

Não acho que vou conseguir me explicar sem exemplos, por isso:

Eu e a Alê estamos morando juntos aqui em Montes Claros, no meio do nada de Minas Gerais. Não somos casados. Estamos noivos. Já ouvi falar que tem gente que não aprova.

Quer dizer que é errado sob os olhos de alguém. Quer dizer que minha linha está mais pra lá do que a desse alguém.

Gosto de pensar que o certo é o que não interfere negativamente na vida de ninguém, não prejudica ninguém. Que se algo que você faz prejudica alguém, isso está errado. Claro que nada na vida é preto e branco, mas eu só consigo entender o cinza entendendo seus limites.

Falo isso porque é interessante ver alguém numa situação tão parecida com a minha encarando a vida e agindo de forma tão diferente.

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