Uma Casa Séria

10.1.08

Aproveitando que minha demissão está na fase burocrática e o novo trampo só começa dia 21, alguns assuntos menores tem tomado meu tempo:

Quadrinhos são uma mania minha desde meus 14 anos, ou seja 18 anos da minha vida tiveram quadrinhos ao lado.

Aprendi uma coisa com os quadrinhos de herois americanos - que daqui em diante chamarei de comics - que é ao mesmo tempo seu maior diferencial e sua maior tragédia. A Continuidade. Explico.

Num gibi da Mônica, imagine que uma historinha acabe com o sansão (o coelho de pelucia da monica) desaparecido. No mes seguinte outra historinha é contada e o coelho está lá, nos braços da monica.

Se a historia da monica fosse contada num comic, no mes seguinte, ou em algum momento, o reaparecimento do coelho deveria ser explicado.

Isso é muito legal porque permite contar histórias mais longas e que desenvolva mais as personagens, também é bom para a editora porque cria uma fidelidade nos consumidores que querem saber o que acontece no mes seguinte. Daí acontecem os arcos, histórias que se desenrolam por meses a fio. Alguns muito bons, alguns de qualidade abaixo do ruim.

Mas agora imagine um comic de um heroi de 40 anos, ele ja casou, trocou de uniforme, seu maior inimigo ja foi preso, fuigu inumeras vezes, ja foi assassinado e voltou com uma explicação exdruxula...

Imagine vc sendo um adolescente de 15 anos e pegando uma revista dessas pra ler pela primeira vez, seria muito confuso. E essa é a grande maldição dos comics.

Volta e meia, surgem meios de zerar a continuidade, seja atraves de grandes sagas cosmicas ou de novas versões ou de retornos da morte. A grande maioria deixa muitos cacos, que servem pra voltar ao estado anterior de continuidade, mas dessa vez trazendo uma leva nova de leitores menos desambientados.

Algumas vezes, passados alguns meses, esses grandes marcos são considerados uma decisão errada, e tome inventar baboserias pra desfazer o malfeito.

(continua)

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