Uma Casa Séria

25.2.07

Eu nunca fui bom em achar soluções adequadas vendo todos os ângulos de uma questão polemica quanto a da violência.

Não vou mentir e dizer que não fui na mesma linha que a multidão no momento do choque de saber o que havia acontecido com o menino do Rio de Janeiro. Eu também clamei por sangue, chamas e linchamento em praça publica para os que fizeram isso. Como também clamei por vingança no caso de Bragança Paulista, ou no assassinato do casal de adolescentes a alguns anos.

Mas isso não resolveria o problema, seria a vingança dos tempos antigos, do olho por olho.

Depois que o choque passou, e esse choque passa cada vez mais rápido, fruto do endurecimento e calejamento de nossa alma, percebi que não adianta diminuir a maioridade penal, não adianta criar-se novas leis.

Porque o maior culpado disso tudo, não são nossas leis, muito embora elas sejam morosas o bastante para dificultar a ação da justiça ao extremo, em muitos casos. Não, a falha maior é de nosso executivo. O poder executivo falhou em providenciar condições adequadas de trabalho para os policiais, falhou em tratar adequadamente as escolas e professores, falhou em tratar adequadamente a população pobre, não vou falar menos favorecida, com educação, segurança, saúde e tudo o que está encarregado de providenciar.

Essa falha não é recente, o que vemos hoje é o reflexo dela depois de anos de descaso e ineficiência do Estado.

Com representantes despreparados, e algumas muitas vezes mal intencionados, como os que temos hoje, sem a vontade necessária para fazer o que é necessário que é investir pesadamente em saúde, segurança publica e principalmente educação fundamental de qualidade, o quadro só tende a piorar, infelizmente.

E enquanto isso vemos nossos representantes e cabeças pensantes nos comparando com paises europeus em vários aspectos, sendo que o mais importante é a carga tributária, digna de primeiro mundo, enquanto nossa qualidade de vida assemelha-se cada vez mais com o de paises africanos em guerra civil.

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