Uma Casa Séria

21.11.05

Há um monte de tempo, fui convidado a me cadastrar no Orkut, nem me lembro por quem (se foi voce que está lendo isso agora, me perdoe, tenho um sério problema de memória seletiva), mas fiz o cadastro, achei alguns amigos, inclui aqui meu nickname de lá pra me acharem (e incompetente que sou, informei o nickname errado).

Daí veio uma febre de genéricos de Orkut pelo mudo afora, convites choveram e se foram; Multiply, Hi5. Alguns eu cadastrei também, outros não.

Tempos depois, minha irmã se cadastrou, mas sabia patavinas de Orkut, veio pedir ajuda, e eu dei, mostrei como funcionam as conexões de amizade, de comunidades e de fóruns de discussão.

Ironia do destino, ela pediu pra eu mostrar pra ela a comunidade do colégio onde haviamos estudado desde a primeira série., dái mostrei alguns tópicos que nos diziam respeito, algo ligado a Dinossauros do colégio, com nomes familiares e rostos envelhecidos naquelas minusculas fotos que acompanham cada adição ao forum...

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De um lugar que podia muito bem ser o outro lado do mundo, aconteceu algo parecido.

Ela já havia recebido vário convites para o tal do Orkut, sua prima, internet addicted, insistia que era legal, terminou por ceder e resolveu se cadastrar, mas, então, o orkut era só em ingles, primeira dificuldade. Desencantou-se e pediu pra prima fazer isso por ela. E a prima fez, adicionou profile, upload em fotos e help desk sobre a utilização via MSN.

Descobriu uma comunidade do colégio onde estudara há muito tempo, toda uma vida atras, tomada por um sentimento melequento de nostalgia, entrou na comunidade e viu um tópico de discussão sobre os tempos de infancia, entrou e adicionou uma pequena, mas retumbante pergunta: Alguem Lembra do Sandro, primo do Caio? - ou algo do genero (essa minha memória...)

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Então eu estava mostrando a comunidade pra minha irmã, daí vi meu nome, meio assim de relance, parei e li. Não era possível que houvesse mais de uma Alessandra que me conhecesse do colégio, por pior que fosse minha memória, certas coisas não se esquecem.

Sua fotinha fugia da maioria das armadilhas ja dissecadas pelo Gravataí, mas era pequenininha o bastante pra deixar inquieto...

Achei o mail dela e mandei um mail assim, meio descompromissado.

Esse mail virou, MSN, evoluiu pra telefone e pra combinar de sair e se ver em menos de uma semana.

Isso foi há um ano.

Um ano em que amadureci mais do que nos ultimos não-sei-quantos.

Um ano durante o qual terminei uma jornada muito longa e comecei uma sem previsão de terminar. Agora acompanhado e cheio de possibilidades de ver os caminhos guinarem pra lá e pra cá.

Um ano desde que senti uma cabeça se recostar no meu ombro e me senti em casa, como se diz por aí.

(atrasado, mas era algo que eu devia a mim mesmo lembrar)

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